Gotas de Cuidado - Grupos de Intervenção Psicossocial
Realização de encontros voltados para o compartilhamento de experiências entre Mulheres, possibilitando uma produção grupal de acolhimento e ressignificação de experiências através da experiência coletiva. Os grupos abordaram entre outros temas como: gênero, empoderamento, equidade e sexualidade e saúde reprodutiva. Com essa ação coletiva reflexiva sobre as relações de gênero presentes no território e no contexto das participantes, pretende-se estimular e fortalecer estratégias de enfrentamento às desigualdades e promoção da equidade e prevenção da saúde. Cabe ressaltar que paralelamente é dada continuidade aos atendimentos da rede Gotas de Cuidado, que conta com aproximadamente 31 psicólogos/as voluntários/as, que atendem sistematicamente desde o início de suas atividades mais de 100 mulheres.
Oficina de dança - Mulheres que Dançam
A ação “Mulheres que Dançam” pensa a dança como um lugar de cuidado com a saúde mental, com a autoestima e o autocuidado. Dialogando com o trabalho desenvolvido na ação “Gotas de Cuidado”, propõe alinhar a mente e o corpo, para que as mulheres possam alcançar um horizonte de equilíbrio. Nas ações das “Mulheres que Dançam” pretende-se ainda que as mulheres expressem livremente emoções, desejos, sensualidade e descoberta do prazer por si e para si, a partir do corpo. E provoca também reflexões nas mulheres sobre como esses corpos se expressam na sociedade e sobre autopercepção: quando ele está triste ou feliz como esse corpo se comporta? Como podemos ouvir as mensagens do nosso corpo? Os encontros das “Mulheres que Dançam” vão acontecem quinzenalmente, e envolvem aquecimento com alongamento e danças com músicas de diferentes estilos musicais. Essa ação envolve também uma circulação por diferentes espaços, seja para dançar ou para assistir espetáculos e experiências de outras mulheres.
Arteterapia
A partir das experiências anteriores de atuação da coletiva, percebeu-se que a expressão e a fruição artística é um meio muito eficiente para que mulheres se sintam livres e a vontade para partilharem suas experiências e serem protagonistas de suas próprias histórias. Para fomentar a construção coletiva de um ambiente de experimentação cultural, eminentemente feminino, são realizados encontros de arteterapia ao longo de períodos. Nessa prática manual será incentivada a expressão criativa e a livre expressão a partir da reutilização de vidros, tecidos e outros resíduos sólidos para criação de objetos artesanais que possam ser utilizados nas casas das mulheres. Pretende-se iniciar essas práticas artesanais e ao longo do tempo ampliar esse trabalho, introduzindo tecnologias que possam melhorar as técnicas artesanais e incentivando as mulheres para atuarem na cadeia da produção artesanal da cidade de Belo Horizonte. Nesse sentido, em 6 desses encontros serão convidadas artesãs e empreendedoras que tem um trabalho consolidado, para apresentarem seus produtos e compartilharem sobre seu processo criativo e estratégias com as participantes dos encontros de arteterapia.
Banco de vagas e currículos
Todas as mulheres participantes das ações da Coletiva Mulheres da Quebrada têm um cadastro atualizado para recebimento das cestas básicas e outras doações. A proposta é, a partir deste cadastro, criar um banco de vagas e currículos, visando promover o acesso a oportunidades de trabalho e contribuindo para a geração de renda, buscando a médio prazo a valorização e qualificação dessas mulheres no mercado de trabalho. Essa é uma ação inicial com potencial de desdobramentos, uma vez que, conhecendo as áreas de atuação das mulheres e contribuindo para sua empregabilidade, a Coletiva poderá posteriormente propor ações de qualificação técnica para essas mulheres.
Sede - Espaço Físico
Desde 2021 a Coletiva passou a locar um espaço físico no Aglomerado da Serra para dar conta da demanda para armazenamento e organização dos itens arrecadados para doação; para realização de encontros e também para acolher as mulheres. A sede da Coletiva é um espaço acolhedor para as mulheres poderem frequentar quando quiserem, para ter um ambiente seguro para ir em situações em que houver situações de violência em casa e para conviver com outras mulheres. Por isso, pretende-se viabilizar a locação da sede por mais 1 ano para garantia de continuidade das ações realizadas.
Grupo virtual “Parças”
A interação e conexão entre a grande rede de mais de 200 mulheres que integram e movimentam a coletiva acontece, principalmente, por meio do aplicativo de mensagens, o grupo virtual “Parças”. Através desse canal, acontecem trocas intelectuais e afetivas, pedidos de ajuda, demandas por atendimentos, divulgação de oportunidades de trabalho, de ações e campanhas da coletiva, dentre muitas outras atividades.
Com o lema “Não Precisamos Ser Amigas, Mas Precisamos Ser Parceiras”, o grupo incentiva o cuidado mútuo entre as mulheres e demanda muitas vezes a mediação de conflitos que naturalmente surgem em grupos com pessoas tão diversas. A proposta é manter a mediação deste grupo e intensificar os retornos e atendimentos a demandas apresentadas, que dialoguem com as ações da Coletiva, e ampliar a divulgação das atividades e mobilização social.